quarta-feira, 30 de março de 2011




O desejo da eternidade, às vezes, me consome e me rouba a vida
(Por Adriana Pinho Gomes)



Olhar que aprova e acolhe

palavras que calam a dor sentida

sorriso que absolve e traz sossego

paz

silêncio que diz tudo sem julgar e deixa a expressão maior fluir

cura

Adriana Pinho Gomes 







Saudade do nunca mais traz dor que não acaba mais

mas é dor feliz

saudade do nunca mais é refúgio doce que conforta quando tudo machuca
Adriana Pinho Gomes


Sétimo Sentido

Lucidez

ser humanamente iluminado

 saber quem se é e o que se quer

onde dói

sanidade que ri e chora pela graça do viver

ousadia de se aportar no encaixe perfeito
Adriana Pinho
Estranha despedida

não há partida

não há sequer ausência

apenas desconsertante presença

ficaram apenas faltas

estranhamentos sem lembranças

sem graças

não sobrou nem gratidão pelo que passou, pois não há memória

há vazios, buracos, elos partidos, conexões desfeitas

vácuo

nada

há ausência de vida viva

morte viva
Adriana Pinho Gomes


A liberdade me traz leveza
 APG - Adriana Pinho Gomes
Às vezes, tudo o que importa é apenas ser



sem explicação, sem razão



ser o que se é, sem justificativas



ser torna-se especialmente importante quando não se pode ser
Adriana Pinho Gomes


Precisa-se de tempo.

Quem tiver tempo sobrando ou simplesmente queira doar, pode me procurar.

Preciso de tempo à toa, na boa, na garoa, no vento e no sol.

Preciso de tempo de criação, de emoção, de coração.

Chega de tempo corrido, preciso parar no tempo, parar o tempo, para que ele me traga o infinito .

Procura-se não pelo tempo perdido, mas pelo tempo de viver.
Adriana Pinho Gomes