quarta-feira, 30 de março de 2011

Estranha despedida

não há partida

não há sequer ausência

apenas desconsertante presença

ficaram apenas faltas

estranhamentos sem lembranças

sem graças

não sobrou nem gratidão pelo que passou, pois não há memória

há vazios, buracos, elos partidos, conexões desfeitas

vácuo

nada

há ausência de vida viva

morte viva
Adriana Pinho Gomes

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