segunda-feira, 9 de abril de 2012

Desejo de poder

Por Adriana Pinho Gomes

As mulheres, de um modo geral, têm uma tendência de sempre privilegiar o bem estar do outro, seja marido, filhos, pai, mãe, patrão, etc, esquecendo-se de si mesmas. A capacidade de adaptação da mulher é admirável. Mas em certos casos pode se tornar maléfica, como por exemplo quando convivem com alguém violento. Muitas vezes, dedicamos 100% de nossas vidas em prol de outra pessoa achando que estamos fazendo o bem ajudando um outro ser humano e não percebemos que essa ajuda, pode ser sim, nada mais, do que uma fuga em exercer responsabilidade sobre nossas próprias vidas. É mais fácil cuidar e ajudar o outro do que nos ajudar. Entenda que a ajuda, a qual me refiro, não é uma ajuda saudável de troca, é ajuda dedicada, doentia, mórbida, castradora onde, um ajuda e o outro suga. É muito comum ver mulheres se desdobrarem insanamente para atender maridos (que se comportam como bebês dependentes), filhos adultos, patrões (que se comportam como carrascos) e familiares (aqueles conhecidos chantagistas emocionais), na esperança de se obter algum reconhecimento (doce ilusão...). Penso que o que leva a esse comportamento é o desejo de poder. Esse desejo nasce do medo da solidão, do medo de não ser aceita. O que arregimenta o desejo de poder é sempre o medo, obviamente, inconsciente. Em relacionamentos simbióticos de co-depedencia em que se estabelece a dinâmica do dominador/dominado ou vítima/salvador, uma das pessoas envolvidas de uma forma “torta” e desvirtuada, sempre se sente “poderosa”.  (APG)

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