Por Adriana Pinho Gomes
Nada mais verdadeiro e legítimo dos
que as descobertas que fazemos por nós mesmo, aquelas verdades que constatamos
por meio de nossas experiências e vivências.
Todos nós temos a capacidade de inferir um
conhecimento, um princípio, uma lei universal a partir da observação da
realidade seja do que for, desde que nos mantenhamos com a mente aberta. O
problema é a estagnação da percepção. Somos treinados para desconsiderar nossa
percepção.
A nossa educação estimula apenas a memorização e a repetição, não nos instigando a análise científica dos fatos. Sofremos um adestramento cognitivo que bloqueia nosso potencial criativo e aniquila nosso poder de discernimento. De um modo geral somos levados a recalcar nossas percepções para “nos adequarmos” ao senso comum.
Por outro lado, a inteligência
somente se manifesta em sua totalidade quando existe autoconhecimento, ou seja,
o entendimento profundo do processo individual da nossa subjetividade.
Descobri
muito jovem ainda, graças a Deus, que ninguém faz nada por nossa causa, seja
para o bem ou para o mal.
Todos nós agimos para satisfazer
necessidades próprias sejam elas provenientes de vaidade, narcisismo, medo,
culpa, compaixão etc..., tudo, no intuito de sermos reconhecidos e
aceitos, e de preferência amados.
Só podemos
agir por genuíno altruísmo quando atingimos um grau mais profundo de
consciência a respeito de como se dá o processo da vida e as relações humanas,
compreendendo que somos todos um. Tudo o que faço ao outro, seja para o bem ou
para o mal lança no universo uma energia que de algum modo, em algum momento
ela volta para você (tudo é onda e não apenas partícula - a física quântica já explica isso).
Percebo também que a comunicação
entre os humanos é absolutamente precária. Outro dia ouvi uma frase muito
interessante, ”sou responsável pelo o que eu disse não pelo que o
outro ouviu”.
Ou seja,
tudo o que chega até nós, passa pelo
filtro do nosso conjunto de crenças e valores, que será influenciado
pelo nosso estado emocional.
Aquilo que nos foi dito ou o
acontecimento em questão vai nos remeter a algo do nosso inconsciente.
Enfim,
mais uma vez o maior ou menor grau de consciência, a respeito de nós mesmo, é
que vai ajudar a entendermos a realidade de fato.
Projetamos no outro nossos
sentimentos, nossas frustrações, nossa raiva. Enfim, toda a gama de questões
inconscientes não elaboradas por nós.
Alguém que
nos lembra como nosso pai nos
repreendia, como nossa mãe nos olhava com carinho, ou alguém que tem a
aparência familiar, que nos lembra, por exemplo, uma tia querida, também
nos leva à projeção.
O que significa que não enxergamos o
problema em nós mesmos, mas colocamos no outro ou, ainda, idealizamos o outro.
Essa projeção leva o indivíduo a uma conduta
delirante. Por isso, a precariedade das relações humanas. (APG em
setembro de 2014)
Um comentário:
Linda mensagem.
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