Nilso Araújo
A borboleta, de
tamanha beleza
É mais que um inseto
com certeza
É uma flor em
movimentos no ar
E em sinuosas e suaves
ondulações
Aconchega-se ao
vento para dançar
Eleva-se ao espaço
com liberdade
Deslumbrando-se com ricas
paragens
Surfando ao vento
sem nunca cansar,
Em evoluções,
destacando a sua imagem.
Quando se satisfaz
de tanto dançar,
Busca o tronco de
árvore ou folhagem
Um refúgio seguro a
descansar.
A mulher
assemelha-se a uma borboleta
Depende para viver,
de amor e liberdade
Há que sua alegria e encanto renovar
Porque a leveza é a
essência que a invade
Quando ela quiser
meditar e enternecer
Busca a companhia do
parceiro que ama
Que lhe inspira
confiança e bem estar.
Sem sua liberdade,
sua autonomia plena
A mulher se recolhe,
tornando-se pequena
Como uma ave
encarcerada na gaiola
Desmotivada,
esperando outro dia chegar
Aguardando o momento
de ir embora,
Porque não nasceu
para se limitar.
Ser controlada como
objeto de posse
Iria além de suas
forças para suportar
Porque uma ave presa
perde a graça
E quando canta não é
alegre o seu cantar
Sobrevive triste,
abatida e melancólica
E nessa condição, é
privada de amar
Seu limite é o
infinito e seu destino
É desfilar com graça
e poder refugiar
Ser atraente na
noite ou na luz do dia
Pois a mulher foi
criada para encantar
NJA
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