segunda-feira, 13 de julho de 2015


ABORBOLETA E A MULHER

Nilso Araújo

A borboleta, de tamanha beleza

É mais que um inseto com certeza

É uma flor em movimentos no ar

E em sinuosas e suaves ondulações

Aconchega-se ao vento para dançar

Eleva-se ao espaço com liberdade

Deslumbrando-se com ricas paragens

Surfando ao vento sem nunca cansar,

Em evoluções, destacando a sua imagem.

Quando se satisfaz de tanto dançar,

Busca o tronco de árvore ou folhagem

Um refúgio seguro a descansar.

A mulher assemelha-se a uma borboleta

Depende para viver, de amor e liberdade

Há que  sua alegria e encanto renovar

Porque a leveza é a essência que a invade

Quando ela quiser meditar e enternecer

Busca a companhia do parceiro que ama

Que lhe inspira confiança e bem estar.

Sem sua liberdade, sua autonomia plena

A mulher se recolhe, tornando-se pequena

Como uma ave encarcerada na gaiola

Desmotivada, esperando outro dia chegar

Aguardando o momento de ir embora,

Porque não nasceu para se limitar.

Ser controlada como objeto de posse

Iria além de suas forças para suportar

Porque uma ave presa perde a graça

E quando canta não é alegre o seu cantar

Sobrevive triste, abatida e melancólica

E nessa condição, é privada de amar

Seu limite é o infinito e seu destino

É desfilar com graça e poder refugiar

Ser atraente na noite ou na luz do dia

Pois a mulher foi criada para encantar

NJA

 

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