sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Sentimos compaixão quando somos capazes de compreender a questão do outro, a partir do ponto de vista dele e do contexto no qual está inserido: porque ele se sente de determinada forma ou tomou alguma atitude. Portanto não existe compaixão sem compreensão.
Atos de condescendência não são genuinamente atos de bondade e altruísmo porque são motivados pela vaidade do ego de quem os pratica, que quer parecer bom para os outros. Há o desejo de aprovação e admiração alheias.
Neste caso o que acontece é a projeção, que por identificação de problemas, os quais o sujeito “supõe” serem iguais aos dele, age por condescendência. A pessoa sequer se aprofunda na questão para saber do que se trata de verdade. Ela fica na projeção apenas, não sai do próprio ego.
A verdadeira compaixão não exige nenhuma ação do observador,  apenas a compreensão, ai então, poderá  avaliar se a ajuda é propícia. Até porque, em certos casos, o verdadeiro altruísmo consistem em não fazer nada, e dessa forma, abrir mão da própria vaidade em protagonizar uma cena de "bondade".
A ajuda decorrente da compreensão é o verdadeiro ato de bondade altruísta, sem qualquer interferência das necessidades pessoais de quem a pratica e que geralmente acontece sem publicidade.

Adriana Pinho Gomes 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016


Buscas a perfeição? Não sejas vulgar. A autenticidade é muito mais difícil.

(Mário Quintana)